23/11/2009

A viagem...

Que mais é a vida do que o caminhar para o que de mais certo nos espera? A morte…

A Viagem do elefante apresenta-se-nos assim, como uma metáfora para o percurso da vida humana.

Neste livro, onde o autor se dirige ao leitor sem intermediários, quase como quem conta uma história à lareira, tudo se move à volta de Salomão, um elefante levado de Lisboa para Viena, após ter sido oferecido por D. João III ao arquiduque Maximiliamo como presente de casamento.

Saramago pegou num episódio histórico e foi compondo a seu gosto, destacando alegorias e pincelando com várias camadas de humor e ironia, expondo a crítica à Igreja, ao poder, à sociedade…

Esta sessão destacou-se pela intervenção muito activa de todos os participantes. È uma obra que acaba por tocar a todos e que não deixa de ter relevo no universo saramaguinano, não só pela forma como está escrita, como até mesmo pela temática abordada. Foi um livro escrito em condições de saúde muito precária e poderemos mesmo arriscar, que esta viagem de Salomão acaba por espelhar, ela mesma, um percurso, também ele, autobiográfico.

1 comentário:

Unknown disse...

Ainda continuo a "defender" o cornaca!!!!
Mesmo que goste muito do Salomão!!!!
Mas o certo é que aquele cornaca, a meu ver, é muito especial!!!! E gostaria de saber para onde ele foi...

Aguardemos,pois!!!!
Entretanto, BOAS LEITURAS!!!!

MC