20/12/2010

BOAS FESTAS


Um Feliz Natal e um Próspero Ano 2011... com Livros!

Imagem retirada daqui

O livro escolhido para a sessão de Fevereiro de 2011 é...

OPÇÃO 3


Com 7 votos

Obrigada a todos os participantes!

Outros resultados:

Opção 1: Passageiros em trânsito, de José Eduardo Agualusa - 2 votos
Opção 2: O fio de missangas, de Mia Couto - 3 votos

15/12/2010

Mário de Carvalho



Escritor, advogado e jornalista nascido em 1944, em Lisboa. Formou-se em Direito (1969) na Universidade de Lisboa, em 1969, e depois foi viver para a Suécia, até ao seu regresso em 1974.
Foi colaborador do Diário de Notícias e revelou-se como ficcionista em 1981 com Contos da Sétima Esfera (1981), a que se seguiram, entre outras obras, a que se seguiu Os Casos do Beco da Sardinheiras (1981) e O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (1982), que recebeu o Prémio Cidade de Lisboa. O livro apresenta um relato fantástico e estrambólico, em que a realidade fantástica se torna mais convincente do que a verdadeira realidade.

Ocupando um lugar original nas opções da narrativa contemporânea, a sua ficção combina frequentemente a inspiração histórica com o insólito.

Outras das suas publicações são Paixão do Conde de Fróis, que recebeu o prémio Dom Dinis em 1986, Os Alferes (1989), Quatrocentos Mil Sestércios (1991), que recebeu o Grande Prémio do Conto da Associação Portuguesa de Escritores, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (1994), que foi galardoado com o Grande Prémio do Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o prémio literário italiano Giuseppe Acerbi (2007), entre outros, Era Bom que Trocássemos Umas Ideias sobre o Assunto (1995) e Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina (2003).

Bibliografia: Contos da Sétima Esfera, 1981; Os Casos do Beco das Sardinheiras, 1982; O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana, 1982; A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho e Outras Histórias, 1983; E Se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê (co-autoria com Clara Pinto Correia), 1986; Contos Soltos, 1986; A Paixão do Conde Fróis, 1986; Os Alferes, 1989; Quatrocentos Mil Sestércios, 1991; Água em Pena de Pato: teatro do quotidiano, 1992; Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, 1994; Era Bom Que Trocássemos umas Ideias sobre o Assunto, 1995; Apuros de um Pessimista em Fuga, 1999; Se Perguntarem por Mim, Não Estou, 1999; Contos Vagabundos, 2000; Fantasia Para Doi Coronéis e Uma Piscina, 2003; A Sala Magenta, 2009; A Arte de Morrer Longe, 2010.

Mário de Carvalho. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-12-15].
Disponível na www: http://www.infopedia.pt/$mario-de-carvalho.

06/12/2010

Sessão de Fevereiro de 2011 - Escolha o livro!

Estas são as três opções para escolha do livro a ler na sessão de Fevereiro de 2011(data a anunciar).
O livro que tiver mais votos será o escolhido.

Nesta selecção, demos destaque ao conto.


Para votar, basta escolher o livro pretendido através da aplicação que se encontra na barra lateral deste blogue, por baixo do logotipo da BMTV
A votação estará em vigor até dia 17 de Dezembro.

Não deixe de participar! Contamos consigo!

OPÇÃO 1:
 
OPÇÃO 2:
 

OPÇÃO 3:


Para conhecer estes livros antes de votar, procure-os na Biblioteca!

02/12/2010

Em Dezembro, para afastar o frio...

16 de Dezembro (5ª feira) | 21h00
Biblioteca Municipal de Torres Vedras



Situemo-nos num quadro familiar, comum aos nossos dias, de um jovem casal citadino, a viver lá para os lados do Lumiar, frequentadores da Avenida de Roma: «Chamavam-se Arnaldo e Bárbara, andavam pelos trinta anos, eram empregados de escritório, e cada qual estaria, segundo informação mais aludida que confessada, "interessado" n’outrem.» A decisão sobre que destino dar a uma tartaruga doméstica acompanha o quotidiano deste casal desavindo, funcionando como o último elo de ligação à espera de uma solução jeitosa. A solução tarda, e entretanto o casal vai vivendo com partilhas comuns mais ou menos agrestes.

Dinamização: Goretti Cascalheira


Público-alvo: adultos

Texto: Wook [consultado em 02/12/2010]

25/11/2010

E o vencedor é...

O vencedor da votação para o livro da sessão de Janeiro de 2011 é:


Obrigado a todos os participantes!

23/11/2010

Prémio do Melhor Livro Estrangeiro


Aprender a rezar na era da técnica, de Gonçalo M. Tavares (Caminho, 2007) foi o vencedor do Prix du Meilleur Livre Étranger (2010), prémio que distingue o Melhor Livro Estrangeiro publicado em França.

Venha conhecer os outros Livros Pretos deste Reino na Biblioteca Municipal de Torres Vedras:
  • Um homem: Klaus Klum
  • A máquina Joseph Walser
  • Jerusalém

19/11/2010

Petição contra a extinção da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas


Está a decorrer uma petição elaborada por um grupo de bibliotecários contra a extinção da Direcção Geral dos Livros e das Bibliotecas. A extinção deste organismo será extremamente gravosa para o futuro da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.

Quem estiver de acordo, não deixe se assinar a petição em: http://www.PetitionOnline.com/DGLB/petition.html

16/11/2010

É já na próxima Quinta...


Um buraco no chão

   O céu devia estar cheio de rezas e choros, porque nessa tarde condensou a água de repente e choveu tudo de uma vez. Fez-se escuro como a pele de um rato e, minutos depois, largou o peso na terra.
   Alguns pescadores na marginal, que durante a semana trabalhavam em repartições, lojas e oficinas da cidade, e se atrasaram no transporte para os subúrbios, bebendo mais uma cerveja nos cafés, já não o puderam fazer, e o que aconteceu a seguir lembrou-lhes as vagas gigantes das marés vivas do Inverno, que batem nas rochas altas dos mexilhões e perceves da costa, os mariscos aéreos, e esguicham com força, levando um ou outro homem para o mar salgado...

12/11/2010

Prémio PT Literatura 2010


Atribuído a Chico Buarque pelo romance Leite derramado.

Esta obra foi também a vencedora do Prémio Jabuti de Ficção.

Prémio Goncourt 2010


Atribuído a Michel Houellebecq por La carte et le territoire.

09/11/2010

Sessão de Janeiro de 2011 - Escolha o livro!

Com a aproximação do ano 2011, decidimos dinamizar a nossa Comunidade e dar aos nossos leitores a possibilidade de escolher, de entre três sugestões, o livro que gostariam de ler em cada mês.


Em baixo, indicamos as três opções. O livro que tiver mais votos será o escolhido para a sessão de Janeiro de 2011 (data a anunciar).

Para votar, basta colocar um comentário neste post com a sua escolha.

A votação estará em vigor até dia 23 de Novembro.


Não deixe de participar! Contamos consigo!



OPÇÃO 1:



OPÇÃO 2:



OPÇÃO 3:










 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para consolidar a sua escolha, consulte estes livros na Biblioteca Municipal!
 

02/11/2010

Em Novembro... Deixem passar o homem invisível

18 de Novembro (5ª feira) | 21h00
Biblioteca Municipal de Torres Vedras



Durante uma grande enxurrada em Lisboa, um homem - cego desde os 8 anos, advogado - cai numa caixa de esgoto aberta, situada junto da igreja de S. Sebastião da Pedreira. Na mesma altura, um escuteiro que regressava de uma actividade na mesma igreja é também arrastado para o mesmo esgoto.

É a viagem de ambos, através de uma Lisboa subterrânea, enquanto cá fora são tomadas todas as medidas para os salvarem, que o autor nos conta neste segundo livro. Mas é também a entreajuda, a cumplicidade entre o cego e a criança, naquela terrível aventura.

Pelo meio, as histórias de um ilusionista - Seripe de nome artístico, na realidade Pires ao contrário -, as recordações do homem cego do tempo antes de aquilo acontecer, a história de um camaleão que não acertava com a cor, e tantas outras tornam a leitura deste livro extremamente aliciante.

Este livro recebeu recentemente o Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB 2009

Dinamização: Isabel Raminhos


Público-alvo: Adultos

29/10/2010

Aos leitores de Saramago...


Na homenagem prestada a José Saramago mencionámos livros como História do cerco de Lisboa, Levantado do chãoA jangada de pedra, A viagem do elefante e o seu último romance, Caim.
Trouxemos leituras de Poemas Possíveis e um excerto do conto Embargo, de Objecto quase.
E no final, foi distribuído por todos A maior flor do mundo.
Em cerca de duas horas, abordámos vários géneros literários, todos escritos pela mão de Saramago.
Mas ficou a sensação de que poderíamos ter dito ainda muito mais...

Obrigada!

07/10/2010

Prémio Nobel da Literatura para Mário Vargas Llosa


Mario Vargas Llosa foi galardoado hoje com o Prémio Nobel da Literatura de 2010.

O peruano, de 74 anos, foi distinguido "pela sua cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos", justifica a Academia em comunciado divulgado poucos minutos após o anúncio do Nobel.

Detentor de dupla nacionalidade espanhola e peruana, Llosa nasceu em Arequipa, no sul do Peru, a 28 de Março de 1936. Depois de uma passagem pela Bolívia com a família e já no regresso ao seu país, Llosa estudou na Academia Militar Leôncio Prado de Lima, ingressando depois no curso de Letras em Lima. Seria através de uma bolsa para prosseguir os estudos que chega a Madrid, onde faz o doutoramento. Llosa acaba por trocar Madrid por Paris, onde além de professor de Espanhol é tradutor e jornalista da agência noticiosa France Press.

Em 1959 publica a sua primeira obra, um conjunto de novelas intitulado “Les caïds”, mas seria quatro anos depois com a edição de “A cidade e os cães” que o seu nome ficaria conhecido no mundo literário.Em 1966, a notoriedade de Llosa confirma-se com o lançamento de “A casa verde”. Seguem-se outras obras como “Conversa na catedral”, “Pantaleão e as visitadoras”, “A tia Júlia e o escrevedor”, “A guerra do fim do mundo”, entre outros.

Além dos ensaios, romances, novelas e teatro traduzidos em todo o mundo, o escritor é ainda conhecido pelas posições políticas que assumiu, nomeadamente na revolução cubana, tendo mesmo deixado Espanha e vivido em Havana. Mas em 1971 Llosa vira costas à revolução castrista e aos movimentos de extrema-esquerda, justificando-o com a oposição à existência de um “líder máximo”. Regressa de novo a Espanha, onde em 1993 consegue a dupla nacionalidade. O escritor, que havia sido distinguido em 1986 com o Prémio Príncipe das Astúrias, venceu no ano seguinte o Prémio Cervantes.


in Público

Venha procurá-lo na Biblioteca Municipal de Torres Vedras...

Com o outono, vem Saramago...

21 de Outubro (5ª feira) | 21h00

Biblioteca Municipal de Torres Vedras

Homenagem a José Saramago
 

Numa homenagem ao “Nobel português” desaparecido recentemente, vamos trazer à conversa algumas das suas obras mais marcantes, apresentadas por leitores de Saramago.
 

Orientação: Isabel Raminhos

LOCAL: Biblioteca Municipal de Torres Vedras

PÚBLICO-ALVO: Adultos

06/09/2010

A preparar o regresso depois das férias...



Depois de uma pausa para descansar, ir à praia, viajar, passear... com livros, estamos a preparar o regresso para mais um trimestre de leituras.

Em Outubro teremos uma sessão homenagem dedicada a José Saramago.

Lembram-se do livro de Saramago que mais gostaram? Então venham partilhar connosco a leitura desse livro no próximo dia 21 de Outubro.

A informação sobre a sessão de Outubro irá sendo actualizada...

Um bom regresso de férias... com livros!

Foto: vi.sualize.us - Dust

02/07/2010

Boas Férias


À semelhança do que aconteceu no ano passado, Quintas com Livros vai de férias de Julho a Setembro. 
Retomaremos em Outubro com uma sessão-tributo a José Saramago.

Deixamos em aberto a recepção de sugestões de propostas de leitura para os nossos encontros de Novembro e Dezembro.

Desejamos a todos os nossos leitores e amigos Boas Férias... com Livros!


imagem de Erin Ciulla

Nas estantes os livros ficam
(até se dispersarem ou desfazerem)
enquanto tudo
passa. O pó acumula-se
e depois de limpo
torna a acumular-se
no cimo das lombadas.
Quando a cidade está suja
(obras, carros, poeiras)
o pó é mais negro e por vezes
espesso. Os livros ficam,
valem mais que tudo,
mas apesar do amor
(amor das coisas mudas
que sussurram)
e do cuidado doméstico
fica sempre, em baixo,
do lado oposto à lombada,
uma pequena marca negra
do pó nas páginas.
A marca faz parte dos livros.
Estão marcados. Nós também.

Pedro Mexia, in "Duplo Império"

22/06/2010

José Saramago (1922-2010)


Passado, presente, futuro

Eu fui. Mas o que fui já não me lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais,
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo arrebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago - Os poemas possíveis: poesia. Lisboa: Caminho, 1985

imagem retirada daqui

15/06/2010

Adriana Lisboa - nota biográfica


Adriana Lisboa nasceu no Rio de Janeiro em 1970, onde cresceu.
Mais tarde, morou em Paris e Avignon (França) e desde 2006 que vive entre o Rio de Janeiro e Denver, nos Estados Unidos da América.
Estudou música e literatura, foi cantora, flautista e professora.
Doutorada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, hoje dedica-se, em exclusivo, à escrita e à tradução.
Em 2003, recebeu o Prémio José Saramago com Sinfonia em branco (2001).
Rakushisha é o seu último romance e obra finalista no Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Casino da Póvoa.


Para saber mais sobre Adriana Lisboa, aceder aqui.

Imagem retirada daqui

07/06/2010

Desvendando Rakushisha...


Naquela madrugada, o lápis rombudo desenhava o tornozelo e o pequeno osso protuberante. Yukiko não se mexia. (…) O corpo da mulher adormecida era quase fosforescente. Fogo-fátuo. Uma veia pulsava em seu pescoço e suas costas ondulavam ritmicamente, muito devagar, com a respiração. A mulher adormecida sonhava que um homem desenhava seu tornozelo e o pequeno osso protuberante. No sonho, ela se moveu. Seus olhos e seus braços estavam abertos.


Adriana Lisboa - Rakushisha. Lisboa: Quetzal, 2009. 155 p. ISBN 978-972-564-768-4

27/05/2010

Enquanto esperamos a chegada do Verão... Rakushisha...

17 de Junho (5ª feira) | 21h00
Biblioteca Municipal de Torres Vedras


Foi na Rakushisha - cabana dos diospiros caídos -, nos arredores de Kyoto, que o poeta viajante Matsuo Bashô, imortalizado pelos seus haikai, se hospedou na sua última viagem e redigiu um dos seus diários. E foi no metro do Rio de Janeiro que Haruki e celina se conheceram. Ele folheava um livro em japonês, de cuja ilustração fora incumbido; ela era uma mulhar triste e etérea, "pedaço de céu recoberto pela fina epiderme humana", que se apaixonou dele com curiosidade pelo seu escrito exótico.
Unidos pelo acaso e pelo texto de Bashô, em breve partiriam para Kyoto, em busca de coisas indefinidas, fios de teia de aranha, numa viagem de descoberta do Japão moderno e de si próprios. As vozes dos dois protagonistas e os versos do poeta japonês entretecem-se num registo depurado, a que não falta nem sobra uma só palavra, que faz de Rakushisha um romance haikai.


Dinamização: Isabel Raminhos

LOCAL: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
PÚBLICO-ALVO: Adultos

07/05/2010

Maio traz-nos Myra

20 Maio (5ª feira) | 21h00
Biblioteca Municipal de Torres Vedras


Excerto:

Myra atravessou os carris desocupados em direcção ao mar. Cresciam ervas e tojo nas juntas e as traves e ferros estavam negros das marés vivas sujas de crude. O céu estava baixo e muito escuro. Havia estrias roxas e verdes na distância branca e areciam, céu e mar, uma única onda a levantar-se para engolir a terra. Myra tirou os sapatos e as meias rotas e ficou parada a ver aquele assombro. Se corresse por ali adentro ninguém daria com ela nunca mais...


MARIA VELHO DA COSTA - Biografia





Licenciada em Filologia Germânica, foi professora no ensino secundário e membro da direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Tem o Curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Foi membro da Direcção e Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, de 1973 a 1978. Foi leitora do Departamento de Português e Brasileiro do King's College, Universidade de Londres, entre 1980 e 1987. Tem sido incumbida pelo Estado português de funções de carácter cultural: foi Adjunta do Secretário de Estado da Cultura em 1979 e Adida Cultural em Cabo Verde de 1988 a 1991. Desempenhou ainda funções na Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e trabalha actualmente no Instituto Camões.

Consagrada, já em 1969, com o romance Maina Mendes, tornou-se mais conhecida depois da polémica em torno das Novas Cartas Portuguesas (1971), obra em que se manifesta uma aberta oposição aos valores femininos tradicionais. Esta publicação claramente anti-fascista e altamente provocatória para o regime, levou as suas três autoras a tribunal, tendo o 25 de Abril interrompido as sanções a que estavam sujeitas as denominadas 3 Marias: Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno.

Às teses de reivindicação feminina já enunciadas em “Novas Cartas Portuguesas", acrescenta-se, na sua obra, um inconformismo quanto aos cânones narrativos, inconformismo esse que se pode verificar também na sua obra de ensaio.

Para saber mais, aceder aqui


Dinamização: Isabel Raminhos


LOCAL: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
PÚBLICO-ALVO: Adultos

27/04/2010

Sessão de Maio



A data da sessão de Maio do Quintas com Livros sofreu uma alteração.

Em vez de se realizar no dia 13 de Maio, como já havia sido mencionado, será adiada para o dia 20 de Maio - 5ª feira.

O livro para discussão é Myra, de Maria velho da Costa.

Boas leituras!

Imagem Google Images

13/04/2010

É já na próxima Quinta que vamos debater o Livro...

15 Abril (5ª feira) | 21h00
Biblioteca Municipal de Torres Vedras


Sinopse
Ao princípio era o frio. Quem teve frio em pequeno, terá frio o resto da vida, porque o frio da infância não desaparece nunca.
Juan José Millás deslocou-se de Valência para Madrid com seis anos. Uma mudança que significou abandonar a luz e o calor do Mediterrâneo, para se instalar numa zona suburbana e obscura da capital, marco fundamental da sua vida.
A rua Canillas, naqueles tempos de casas baixas e escombros, é o cenário da infância e da adolescência de Millás, um cenário que transporta o leitor para o ambiente do pós-guerra, desvendando-se os segredos, as aventuras, os desejos e as esperanças do protagonista. Um amigo condenado a morrer, O primeiro amor, Um vizinho espião, O pai e a mãe, naquela rua tudo ganha uma dimensão diferente, as coisas adquirem uma qualidade mágica.
Onde acaba a memória e começa a ficção? Esta é a realidade de um mundo, transformada em universo literário, uma autobiografia ficcionada- um livro imprescindível, belo e assombroso sobre o inevitável ofício de crescer.


Juan José Millás - Biografia

Juan José Millás (Valência, 1946)
Cedo muda para Madrid onde passará a maior parte da sua vida. Frequentou o curso de Filosofia e Letras, que veio a abandonar, desiludido com as limitações franquistas, dedicando- se a uma carreira administrativa que lhe proporcionasse tempo para escrever. É autor de romances como A Desordem do teu Nome, Assim Era a Solidão, Duas Mulheres em Praga e Laura e Júlio, entre outras, que o consagraram como um dos grandes escritores da actualidade.
Desde as suas primeiras publicações, foi reconhecido pelo público e pela crítica, destacando-se os prémios Sésamo, Nadal e Primavera. A sua obra narrativa está traduzida em vinte e três línguas.
É já na maturidade que Juan José Millás se dedica ao jornalismo. Cronista regular do diário El País, autor de reportagens e artigos em vários jornais, a sua prosa jornalística, várias vezes premiada, criou tantos apaixonados como a sua literatura.

Numa escrita sempre psicanalítica e profunda, mas também viva na criação de ambientes, o autor criou uma obra ímpar, galardoada com o Prémio Planeta 2007 e o Prémio Nacional da Narrativa 2008. O Mundo chega agora aos leitores portugueses.



Informação reunida aqui

26/03/2010

No segundo trimestre de 2010, voltamos à Quinta... com Livros



Durante o primeiro trimestre de 2010 e no âmbito das Comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres, foi promovida uma comunidade de leitores na Biblioteca Municipal de Torres Vedras dedicada ao tema A Guerra Peninsular na Literatura.

Passado este período, retomaremos em Abril a nossa Comunidade de Leitores Quintas com Livros.

Para os próximos três meses do ano, escolhemos para debate algumas das obras seleccionadas para o Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Casino da Póvoa.

Eis as nossas sugestões:

15 de Abril
(5ª feira)


Dinamização: Goretti Cascalheira

***
13 de Maio
(5ª feira)

(Obra vencedora)

Dinamização: Isabel Raminhos

***
17 de Junho
(5ª feira)


Dinamização: Isabel Raminhos

A Biblioteca Municipal de Torres Vedras tem exemplares destas obras disponíveis para empréstimo.

Boas leituras.

Até a próxima Quinta... Com livros!

A sombra da águia - uma outra forma de relatar a guerra


Anos mais tarde, depois da Rússia, de Leipzig e de Waterloo, em Santa Helena e quase a patinar, o Anão confiaria ao seu fiel companheiro de desterro, Les Cases, que em Sbodonovo a Virgem lhe tinha aparecido. Caso contrário, como é que se consegue explicar, Les Cases: um batalhão que nem sequer é francês e muda o rumo da batalha sovando os russos pela medida grande, ou seja passando pela pedra de amolar toda a bateria de artilharia com peças de doze e quatro ou cinco regimentos, príncipe Rudolfkovski incluído. Segundo os seus últimos biógrafos, o Ilustre fazia estas confidências enquanto cravava agulhas num bonequinho de cera que representava a efígie do seu carcereiro, Sir Hudson Lowe, o malvado inglês a quem o governo de Sua Majestade Britânica encarregou do exílio e da liquidação, naquela ilhota do Atlântico transformada em prisão, do homem que tinha passado vinte anos a jogar bowling com as coroas da Europa. Ali, nos longos serões do Inverno, rodeado pelos últimos fiéis, o Petit cabrão passava revista às lembranças gloriosas enquanto Les Cases e Bertrand bebiam Porto e tomavam notas para a posteridade...

Excerto do Cap. VIII - Confidências em Santa Helena, pág. 81, in Arturo Pérez-Reverte - A sombra da águia. Porto: Porto Editora, 2009. 120 p. ISBN 978-972-0-04515-7

23/03/2010

Venerando Aspra de Matos - Nota Biográfica

Venerando Aspra de Matos é professor de História da Escola Secundária Henriques Nogueira. Tem algumas obras publicadas sobre História Local e tem um mestrado em História Social Contemporânea do ISCTE.

18/03/2010

21 de Março - Dia Mundial da Poesia


Leva-me contigo - Post it's de Poesia

21 de Março é Dia Mundial da Poesia.

A partir de hoje, a Biblioteca Municipal oferece post it’s com poemas… procure-os e leve-os consigo.

Esperamos por si…

11/03/2010

Guerra Peninsular na literatura - A sombra da águia

24 Março 2010
(4ª feira)
21h00




A história de A sombra da águia é baseada num acontecimento real: em 1812, durante a Campanha da Rússia, num combate adverso para as tropas napoleónicas, um batalhão de antigos prisioneiros espanhóis, alistados à força no exército francês, tenta desertar, passando-se para os russos. Interpretando erroneamente o movimento, o Imperador encara-o como um acto de heroísmo e envia em seu auxílio uma carga de cavalaria que terá consequências imprevisíveis…


Dinamização: Venerando Aspra de Matos


LOCAL: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
DURAÇÃO: 2 horas
PÚBLICO-ALVO: Adultos
INSCRIÇÕES/ CONTACTOS: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
tel. 261 310 457
biblioteca@cm-tvedras.pt

08/03/2010

A fuga de Sharpe: a História na ficção

Bernard Cornwell procura a vastidão dos mares para escrever os seus romances. É o próprio que o assume, recusando entrevistas, apresentações públicas e outras formas de divulgação dos seus trabalhos. Durante cerca de seis meses, vai dando forma à vida dos personagens que convivem na sua imaginação.

Sharpe acompanha-o desde há muito. E, se os leitores portugueses, ao contrário dos demais, ainda não lhe conhecem todas as aventuras, vão descobrindo, uns atrás dos outros, cenários da História onde a presença de Mister Sharpe se encaixa subtil e intensamente.

No volume CAMPANHA DO BUÇACO. PORTUGAL 1810, mais uma vez entramos na aventura napoleónica em terras de Portugal. Massena e os seus homens preparam-se para cumprir as ordens de Napoleão: chegar a Lisboa. Mas as forças anglo-portuguesas estão de sobreaviso. Reorganizam-se. Preparam-se no mais estrito segredo as fortificações que a História passará a designar por "LINHAS DE TORRES VEDRAS". As populações procuram defender os seus bens, escondendo-os ou arrastando-os consigo, na infindável caminhada para lá das Linhas protectoras. Mas, na vida real, há sempre os heróis e os vilões. Tal como as personagens que nesta aventura se cruzam: Ferragus e seu irmão major Ferreira, traindo os interesse do reino em nome do proveito pessoal; o general Crawfurd, no alto da serra do Buçaco, comandando a Divisão de Ligeiros no meio da metralha incessante, apelando à vigança pelso ingleses mortos na Corunha; a preceptora inglesa Sarah, cuja vida se vê totalmente alterada pelos acontecimentos, e que acaba, coberta de lama, de mosquete na mão, a integrar um grupo de fugitivos; a portuguesa Joana, que pega em armas para garantir a sobrevivência num quotidiano repleto de perigos; e, sempre, Sharpe e o seu fiel harper, a ultrapassar todos os obstáculos, por mais difíceis que sejam.

Bernard Cornwell não nos desilude. Quando chegamos ao fim da aventura, ele coloca nas nossas mãos a possibilidade de entrar pela História. De conhecer mais. De confirmar a veracidade do que acabámos de ler. A "Nota Histórica" que finaliza o seu livro, é um novo ponto de partida. À nossa responsabilidade. Enquanto aguardamos que Sharpe e harper voltem a marchar.


por Manuela Catarino

24/02/2010

Correntes d'Escritas 2010

E o Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Casino da Póvoa vai para...



«Falta muito?, perguntou Myra, no desvio do descampado deserto, agreste de árvores cinza na madrugada, rebanhos de ovelhas e bois com a cabeça descida à terra ocre, de fome, de sono.
Falta o que falta da tua história. E o Sr. Kleber sorriu.
Não tenhas medo, miúda. Em todas as histórias há sempre uma ponta do paraíso, um véu de clemência que estende uma ponta, fugaz que seja.»

«O céu estava baixo e muito escuro. Havia estrias roxas e verdes na distância mais clareada do horizonte e pareciam, céu e mar, uma única onda a levantar-se para cobrir a terra. Myra tirou os sapatos e as meias rotas e ficou parada a ver aquele assombro. Se corresse por ali adentro ninguém daria com ela nunca mais, nem no país dali, nem em nenhum outro.»
(excertos)

Este livro contém um caderno de ilustrações de Ilda David.


Finalista juntamente com A Eternidade e o Desejo de Inês Pedrosa, A Mão Esquerda de Deus de Pedro Almeida Vieira, A Sala Magenta de Mário de Carvalho, O apocalipse dos trabalhadores de valter hugo mãe, O Cónego de A. M. Pires Cabral, O Mundo de Juan José Millás, O verão selvagem dos teus olhos de Ana Teresa Pereira, Rakushisha de Adriana Lisboa e Três Lindas Cubanas de Gonzalo Celorio, Myra de Maria Velho da Costa foi eleito Prémio Literário Correntes d'Escritas/ Casino da Póvoa por um júri constituído por por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J.B. Martinho, Patrícia Reis, Vergílio Alberto Vieira.

Publicado em 2008, foi igualmente galardoado com o Prémio de Ficção/Narrativa Pen Clube e o Prémio Máxima de Literatura, em Outubro de 2009

A Biblioteca Municipal de Torres Vedras tem um exemplar desta obra disponível para empréstimo.

19/02/2010

10/02/2010

Manuela Catarino - Nota Biográfica

Manuela Catarino nasceu em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1957. Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mestre em História Medieval pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Professora do Ensino Secundário, desde 1975, exerce funções na Escola Secundária com 3º Ciclo de Madeira Torres. Tem-se dedicado à investigação histórica, no âmbito da História Local, e também como membro do Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa.

Guerra Peninsular na Literatura - 24 de Fevereiro


24 Fevereiro 2010
(4ª feira)
21h00


Corre o ano de 1810, Napoleão, na sua determinação de conquistar Portugal e empurrar os ingleses para o mar, depara-se com o capitão Richard Sharpe que luta bravamente perante várias dificuldades. Um perigo maior surge da parte de dois corruptos irmãos portugueses — o major Ferreira, oficial de alta patente do exército português e o irmão, alcunhado de Ferrabrás (segundo o lendário gigante português) que nada deve à respeitabilidade, preferindo fazer-se valer pela rude força física e pura intimidação. Ferrabrás jura vingança e trama uma armadilha para matar Sharpe e aqueles que lhe são próximos — o experiente sargento Harper, seu amigo, o oficial português Jorge Vicente e uma irritadiça, mas adorável governanta inglesa. Enquanto a cidade de Coimbra é incendiada e pilhada, Sharpe e os seus companheiros preparam uma fuga arrojada, assegurando-se de que Ferrabrás os seguirá no caminho para Lisboa, para a boca de uma cilada estendida por Wellington — as gigantescas Linhas de Torres Vedras, a última barreira, audaciosa e imaginativa, contra os invasores...


Dinamização: Manuela Catarino


LOCAL: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
DURAÇÃO: 2 horas
PÚBLICO-ALVO: Adultos
INSCRIÇÕES/ CONTACTOS: Biblioteca Municipal de Torres Vedras
tel. 261 310 457
biblioteca@cm-tvedras.pt

02/02/2010

Porquê El-Rei Junot de Raúl Brandão no contexto do Bicentenário da Guerra Peninsular?

Porquê este livro - "EL-REI JUNOT", de Raul Brandão (RB) - no contexto do Bicentenário da Guerra Peninsular?


Raul Brandão é um grande escritor da Língua Portuguesa. Em 1912 publicou este livro, que começara a escrever por ocasião do primeiro centenário das invasões francesas. Nele evoca uma das mais negras épocas históricas de Portugal e com uma forma de abordagem muito especial: não exalta o patriotismo face aos invasores, antes adopta uma perspectiva humanista em que vê a História como um palco onde os homens - todos os homens, sejam invasores sejam invadidos - se movem como títeres, vivendo na dor até ao destino inexorável da morte. "A história é dor, a verdadeira história é a dos gritos" - assim começa o livro.

Raul Brandão usa fontes históricas fidedignas e os dados que expõe não são inventados. Mas não está interessado em escrever um tratado de História, com o rigor do aparato usual nesse tipo de livros, com notas, bibliografia exaustiva, citações, etc. Mais do que escrever História, ele interpreta a História.

Maria de Fátima Marinho, especialista da obra de RB, diz-nos que ele tem uma visão metafísica da História, em que a vida e as opções humanas são encaradas como drama e tragédia.

Refere também que RB faz uma leitura simultaneamente interpretativa e factual dos acontecimentos históricos, em que parte do princípio que há duas Hstórias: uma oficial, registada; e outra escondida, subreptícia, que é talvez a mais importante.

Raul Brandão tenta descrever essa linha oculta dos acontecimentos, marcada pelas paixões humanas, pelos comportamentos ora dramáticos, ora grotescos dos seres humanos. O resultado é uma pintura impressionista de toda uma época - o início do séc XIX - vazada numa escrita colorida, visual, rigorosa e sugestiva. Não ficamos a saber muitos acontecimentos históricos, mas ficamos a perceber muito melhor a época em que eles ocorreram.

Joaquim Moedas Duarte

29/01/2010

Joaquim Moedas Duarte e Pedro Fiéis - Notas Biográficas

Joaquim Moedas Duarte nasceu em Alpiarça a 8 de Outubro de 1947. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Professor do Ensino Básico desde 1971. Presentemente aposentado. Coordenador da página literária Lugar Onde do jornal Badaladas desde 2002. Define-se como alguém que esteve ligado ao associativismo cultural e actualmente é presidente da Direcção da Associação para Divulgação e Defesa do Património de Torres Vedras.

Pedro Fiéis nasceu em Torres Vedras a 19 de Dezembro de 1974. Licenciado em História pela Universidade Lusíada de Lisboa.
Participou no estudo e reconstituição do Castro do Zambujal, em Torres Vedras. É professor do ensino básico e secundário desde 1998.

21/01/2010

Sobre El-Rei Junot pelo prof. Joaquim Moedas Duarte

Raul Brandão está um pouco esquecido mas podemos dizer que ele é um existencialista avant la lettre, isto é, olhou o passado e o presente com uma perspectiva desencantada mas de um enorme humanismo, de uma tocante compaixão para com a natureza humana, a braços com a morte de Deus e à procura de um outro Deus. A sua visão do mundo tem algo de profético e encaixa-se perfeitamente nas interrogações do homem contemporâneo...

A escolha deste livro, no contexto da evocação da Guerra Peninsular, visa, julgo eu, dar uma perspectiva de análise diferente e mais profunda do que a mera descrição hstórica em que tantas vezes caímos.

Sobre Raúl Brandão...




Para aceder a uma biografia completa sobre o autor do mês em destaque na Biblioteca (Sala de Adultos) e autor da obra escolhida para discussão na Comunidade de Leitores A Guerra Peninsular na Literatura, poderá fazê-lo aqui.

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