Naquela madrugada, o lápis rombudo desenhava o tornozelo e o pequeno osso protuberante. Yukiko não se mexia. (…) O corpo da mulher adormecida era quase fosforescente. Fogo-fátuo. Uma veia pulsava em seu pescoço e suas costas ondulavam ritmicamente, muito devagar, com a respiração. A mulher adormecida sonhava que um homem desenhava seu tornozelo e o pequeno osso protuberante. No sonho, ela se moveu. Seus olhos e seus braços estavam abertos.
Adriana Lisboa - Rakushisha. Lisboa: Quetzal, 2009. 155 p. ISBN 978-972-564-768-4
Sem comentários:
Enviar um comentário