Um buraco no chão
O céu devia estar cheio de rezas e choros, porque nessa tarde condensou a água de repente e choveu tudo de uma vez. Fez-se escuro como a pele de um rato e, minutos depois, largou o peso na terra.
Alguns pescadores na marginal, que durante a semana trabalhavam em repartições, lojas e oficinas da cidade, e se atrasaram no transporte para os subúrbios, bebendo mais uma cerveja nos cafés, já não o puderam fazer, e o que aconteceu a seguir lembrou-lhes as vagas gigantes das marés vivas do Inverno, que batem nas rochas altas dos mexilhões e perceves da costa, os mariscos aéreos, e esguicham com força, levando um ou outro homem para o mar salgado...
2 comentários:
Sei que foi muito interessante a tertúlia...mas não pude mesmo estar presente!!!!
Mas não vou perder a leitura!!!! Está já na minha lista!!!!
Um bom resto de fim de semana.
M.C.
Querida Avelaneira,
Como sempre sentimos a falta...
Esperemos que venha na sessão de Dezembro.
Boa semana.
I.R.- BMTV
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